Resumen:
Poucos estudos têm sido conduzidos sobre crianças e adolescentes que vivem em instituições, por terem sido afastados de suas famílias devido a maus-tratos. O
objetivo deste estudo foi avaliar a satisfação de vida de jovens que estavam
institucionalizados em abrigos de proteção (n=155) comparados com jovens que viviam com suas famílias (n=142), com idade entre 7 e 16 anos. Os dados foram coletados através de entrevista estruturada, Escala de Satisfação Multidimensional de Vida, Inventário de Eventos Estressores e o Mapa dos Cinco Campos, para avaliar rede de apoio. O grupo institucionalizado apresentou muitas características de risco e médias mais altas nos escores em eventos estressores e rede de apoio social. As variáveis preditoras de satisfação de vida foram eventos estressores,
rede de apoio social e conflitos familiares. Estes resultados apontam diferenças
entre os grupos investigados e podem contribuir para a discussão de políticas
públicas dirigidas ao bem-estar de jovens em situação de vulnerabilidade.