Maternidades 'heroicas' en Roma, de Alfonso Cuarón
Resumo
Entre a hegemonia do "super-herói" na linguagem visual atual de Hollywood e a apropriação do herói pelos Estados Unidos - a polícia, o bombeiro, o paramédico - desde os eventos transformadores de 11 de Setembro, a noção do herói chegou em uma verdadeira saturação semântica. Mas essa saturação limitava-se às subjetividades masculinas. O último filme de Alfonso Cuarón, Roma (2018), propõe uma ressemantização do caráter heróico com as duas protagonistas femininas: Cleo, uma empregada Mixteca, e Sofia, uma mãe de classe média urbana. Este artigo tenta examinar as formas pelas quais o filme estrutura uma potencial figura heroica feminina dentro da opressiva hegemonia social masculina no início dos anos 70 no México. O que é fascinante em Roma - além de sua cinematografia estóica e de um arco narrativo esparso e rico - é que a figura heróica feminina não é nem extraordinária nem extravagante: é totalmente cotidiana. E orbita em torno de uma reconfiguração do papel maternal. A figura da mãe no cinema mexicano tem uma longa história desde o advento do som, e Roma dialoga e redefine a maternidade-literal e suposta maternidade.
Referências
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