Del genocidio de Ruanda a Black Earth Rising: un viaje al corazón del infierno
Resumo
A violência não se desenvolve em um país num piscar de olhos, é um processo que corrói seus habitantes e os confronta em lutas fratricidas; o caso de Ruanda não é exceção. É um país africano que foi colônia da Bélgica. Seus colonizadores segregaram as duas etnias majoritárias: os hutus (85% da população) e os tutsis (que representavam o 15% restante), concedendo privilégios a esses últimos. Em 1956, centenas deles foram executados pelos Hutus. Ruanda declarou sua independência em 1962 e os hutus chegaram ao poder. Um golpe de estado os abalaria em 1973 e Juvénal Habyarimana –de origem hutu– autoproclamou-se chefe do governo. Os tutsis então se organizaram em guerrilheiros, formando a Frente Patriótica de Ruanda (RPF). As tensões interétnicas foram exacerbadas. Meio milhão de ruandeses encontraram refúgio no Zaire, Uganda, Tanzânia e Burundi, naquela época na década de 1980. Em 1993, na tentativa de jogar ‘panos frios’ na situação vigente, foi criado um governo de transição no qual as duas etnias foram incorporadas. O governo e o RPF finalmente chegariam a um acordo de paz. No entanto, a demora e a resistência para colocá-lo em operação levaram a um atentado contra o Habyarimana no dia 6 de abril de 1994. Foi um ataque da Frente Patriótica ou dos extremistas do “Poder Hutu” que se opuseram ao acordo? A polêmica percorre este triste episódio. Durante o período de três meses –de abril a julho– entre 800.000 e 1.000.000 de pessoas foram assassinadas, 250.000 mulheres foram estupradas, 95.000 crianças foram executadas e aproximadamente 400.000 ficaram órfãs em um dos genocídios desprezíveis do século passado. Hutus e tutsis escreveriam essa terrível história com sangue.
Referências
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