Frente el autoritarismo,la creación. La experiencia de AIDA y su relectura en el film El Exilio de Gardel (Fernando Solanas, Francia /Argentina, 1985)
Resumo
Em outubro de 1979, um grupo de artistas e intelectuais franceses e estrangeiros encabeçados pela diretora de teatro Ariane Mnouchkine criaram AIDA (Association internationale de défense des artistes victimes de la répression dans le monde), com o objetivo de denunciar a censura e as violações aos Direitos Humanos de artistas em diferentes países. A associação proponha ações criativas, de modo de exercer pressão internacional sobre os regímenes homicidas. Fundada em Paris, AIDA se expandiu a outras cidades francesas, a outros países europeus e aos Estados Unidos, usando as redes de contatos dos membros para articular ações. O caso da repressão da ditadura argentina mereceu uma importante campanha de repudio, potenciada pela presencia de alguns exiliados argentinos no comité executivo da associação. Com o título “Cem artistas argentinos desaparecidos” se coordenaram manifestações de solidariedade em diferentes cidades que incluíram marchas, elaboração de pinturas e postais, como também de um livro sobre a repressão cultural na Argentina publicado em Paris, e pouco tempo depois em Madri. A maior manifestação de AIDA desta campanha, uma particular marcha feita em Paris o dia 14 de novembro de 1981, foi filmada, entre outros, por Fernando Solanas, membro ativo da associação. A experiência do exílio e da AIDA em particular, aparecem como matéria prima do seu filme O exílio de Gardel (1985), assim como as imagens capturadas naquele dia são incorporadas às rodadas para o filme. Sustentado em arquivos pouco explorados (documentos escritos e visuais, correspondências), prensa e entrevistas, este artigo procurará delimitar a ação feita por AIDA e analisar o modo em que Fernando Solanas fez sua obra reelaborando a memória da sua experiência na associação. O estudo deste filme permitirá colaborar, apartir de uma análise empírica, à reflexão e teorização sobre a fun- ção da criação como espaço de resistência, de ação na esfera pública transnacional e de memória de experiências vitais pessoais e coletivas.Referências
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