La insurrección de los saberes sometidos: una interpretación del film Talentos Ocultos desde la antropología de la ciencia
Resumo
O propósito deste trabalho é interpretar as práticas e discursos sociais decorrentes do filme Talentos ocultos dirigido por Theodore Melfi (2016), desde a perspectiva da antropologia da ciência enquanto à relação entre ciência, gênero e poder.
O filme, uma longametragem biográfica baseada no livro de não ficção Hidden Figures de Margot Lee Shettersly, resgata as trajetórias pessoais e científicas de Katherine Johnson, Dorothy Vaughn e Mary Jackson como calculistas afroamericanas da NASA, invisibilizadas, desfavorecidas e segregadas numa época marcada pela luta pelo reconhecimento dos direitos civis e a inclusão social. O filme reaviva e explora o drama humano expresso pela sua dupla condição de mulheres e afrodescendentes numa comunidade científica preponderantemente masculina interessada em reverter o avanço soviético no domínio do espaço e desenvolver competitivamente a carreira espacial dos Estados Unidos.
A matéria oferecida pelo filme, muito concordante com o livro no qual se baseia, permite analisar não só o papel da mulher como sujeito fazedor de ciência mas também ir além na compreensão de suas práticas e representações científicas, analisando os seus avanços e limites na produção do conhecimento, as suas especificidades e contribuições aos conteúdos obtidos e o tipo de saberes socialmente situados. Nesse sentido, a antropologia da ciência, especialmente no trabalho de suas pioneiras, vindas do campo dos estudos feministas e culturais, oferece um conteúdo específico de tratamento teórico que reconhece em grande parte, embora não unanimemente, os novos conceitos oferecidos por Foucault (1976) sobre o ressurgimento dos saberes escondidos por uma ciência possuída por uns poucos.
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