From art to the expressive aesthetic dimension in a scenario of (un)sustainability
Resumo
A mudança nas condições de produção e a consequente mudança nos sistemas de troca de bens e valores, levaram as sociedades contemporâneas a um processo de organização política, social, econômica e cultural altamente complexo. Os ecossistemas concebidos, dada a sua interdependência e sofisticação, impedem qualquer possibilidade de uma análise compartimentada e fragmentada sobre as implicações para as construções subjetivas dos humanos que, em tempos e espaços distintos, empreenderam esforços físicos, críticos e criativos para realizar tais tentativas. Embora os resultados de tal empreitada tenham afetado as sociedades em diferentes estágios e de diferentes formas, é clara a necessidade de uma revisão dos paradigmas fundacionais, uma vez que a acumulação e consequente distribuição equitativa dos resultados do esforço empreendido foi operada por meio de saques, escravidão, exploração e exclusão em um movimento contínuo e ad infinitum que faz das desigualdades o pilar do Antropoceno. Nesse contexto, este texto pretende problematizar as formas de apropriação das subjetividades no campo da arte, considerando o vínculo desse campo com os valores dominantes e as constantes atualizações e vínculos, com vistas a sustentar e alimentar uma estrutura de poder baseado no paradigma da produção, circulação e consumo. A discussão, apontando os limites e sinais de esgotamento do modelo em questão, identifica construções subjetivas que, apesar de operarem no espaço-tempo contemporâneo, parecem resistir à expropriação da força criativa, operando em um movimento que opõe temporalidade e produtividade linear, ao mesmo tempo em que questiona os paradigmas dominantes, enfatizando o modelo atual com características expressivas, insurgentes e disruptivas. É uma construção que caminha para o humano, tecendo projetos comunitários que assumem a dimensão estética expressiva como possibilidade de mudança.
Referências
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