Neste artigo, nos esforçamos para apresentar tanto o livro como a Linha de
Pesquisa em que ele é desenvolvido. Começamos observando que o campo cultural e o
campo do design, em princípio, campos diferenciados de treinamento, ação e pesquisa,
se cruzam, tanto no nível conceitual como no nível de práticas. Como pesquisadores das
ciências antropológicas, colocamos o foco no conceito de cultura e começamos a partir de
lá para atender às suas interseções com o design. Por um lado, entendendo a cultura como
processos ativos de construção e disputa sobre significados (Wright, 2007), podemos pensar que o design em seus diferentes aspectos e manifestações (design de produtos, espaços,
artes cênicas, artes audiovisuais) , de estratégias de comunicação, etc.) como campos de
disputas para a construção de significados. Além disso, o design sempre é desenvolvido em
um quadro sociocultural. Por outro lado, é viável considerar os objetos, práticas e representações culturais na chave do design que lhes dá forma, das avaliações que esses projetos
recriam, modificam ou sustentam e das políticas que os orientam.