Heroínas y malvadas: la construcción de la imagen femenina en Penny Dreadfull (2014-2016), de John Logan

  • Mónica Gruber
Palavras-chave: Imagem feminina ; Construção ; Heroína ; Malvada ; Série ; Personagem ; Evolução ; Mudanças ; Estereótipos ; Vida artificial

Resumo

Nos anos '50 cumprimentaram ao cinema como o rei do entretenimento; assim mesmo, ao longo do século passado, muitas vozes alçaram-se vaticinando sua morte. No entanto, longe de desaparecer, as telas multiplicaram-se exponencialmente: cinema, televisão, celulares e tablets produzem e re-produzem a realidade que nos rodeia. Ecrãs de todo o tipo: de cristal líquido, planas, táctiles, gráficas, pequenas e gigantes.

Trata-se do apogeo da “tela global”, tal como afirma Lipovetsky. Achamos-nos, indubitavelmente, submergidos no mundo da imagem.

A velocidade, a mudança e a fragmentação caracterizam nosso tempo. Satisfazer a demanda do ávido público consumidor de produtos de entretenimento torna-se o maior desafio do presente. Deste modo, as séries produzidas para televisão e os diversos sistemas streaming pugnan por converter nos imperadores indiscutibles. Podemos afirmar pois, sem temor a equivocar-nos, que as séries são ao espectador mediático o que outrora fosse o cinema da idade de ouro a suas audiências. Deste modo, actores, produtores e diretores cinematográficos viram-se tentados a incorporar neste campo que se acha em franca expansão.

Desde Internet às diversas plataformas -Netfix, Qubit TV e a autóctona Cinema Ar, entre outras-, passando pelos canais com pacotes premium, a oferta multiplica-se oferecendo produtos para os paladares mais exigentes.

Assistimos neste momento a uma época de grandes mudanças: os movimentos feministas que ajudam a repensar o papel das mulheres, bem como as relações entre sexos no passado e o presente, projectando face ao futuro. A globalização expande, por meio das comunicações, os alcances de ditos mudanças de concepções a todos os sectores do planeta; e, dada a profusão de produtos de televisão, não é de estranhar que todas estas transformações se reflitam nos meios.

As séries como todas as demais produções não ficam à margem. Todas e a cada uma apresentam temas que inquietam: as relações entre sexos, a independência da mulher, os corpos -trans, ciber, pós humanos-, entre outros, nutrem as diferentes histórias.

Este trabalho propõe-se analisar a construção da imagem feminina na série televisiva: Penny Dreadfull (2014-2016), criada por John Logan. Esta coproducción estadounidense- -britânica tem explorado o vampirismo, o demoníaco, a licantropía, a vida artificial e a eterna juventude. A primeira temporada da série orienta-se em torno da busca de Mina, a desaparecida filha de Sir Malcom Murray. Para isso contará com a ajuda de Vanessa Ives, amiga da niñez de sua retoño. Ajudados por Ethan Chandler, o fiel servente africano Sembene, e Víctor Frankenstein. Este último dará vida -artificial- a uma progenie monstruosa: Proteo -de vida esfímera-, Calibán -que ante a falta de amor de hacedor exigir-lhe-á uma colega- e Lily -¿uma sorte de Lilith rediviva?-. A segunda temporada contará com a presença de Drácula, quem tentará coroar a Vanessa como a Mãe de todos os males. Deste modo, heroínas e malvadas dão vida a inquietantes féminas.

Interessa-nos analisar os diversos papéis femininos que encarnam um equilíbrio polarizado de heroínas e malvadas. Propomos-nos transitar o caminho que percorrem para refletir a respeito de suas características, como se constrói ou de-constrói a personagem para averiguar se a heroína e a malvada convivem ao interior de uma mesma personagem ou se é trata de personagens diferentes, mas por sobretudo, se a visão sobre as mulheres que aparece na série corresponde à da época victoriana na qual se acha ambientado o relato, ou se reflete elementos de nosso presente distanciados temporariamente. É assim, que supomos poder ler nosso presente a partir de dita produção serial.

Referências

Calabrese, O. (1994). La era neobarroca. Madrid: Cátedra.

Jost, F. (2015). Los nuevos malos. Cuando las series estadounidenses desplazan las líneas del Bien y del Mal. Bs. As.: Libraria.

Ferro, M. (1995). Historia contemporánea y cine. Barcelona: Ariel.

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Forster, R. (2011). La muerte del héroe. Itinerarios críticos. Bs. As.: Ariel.

Foucault, M. (1998). Historia de la locura en la época clásica. Vol. 2. Colombia: FCE.

Lipovetsky, G., Serroy, J. (2009). La pantalla global. Cultura mediática y cine en la era hipermoderna. Barcelona: Anagrama.

Martín-Barbero, J. (1993). De los medios a las mediaciones. Comunicación, cultura y hegemonía. México: Gustavo Gili.

Sarti, G. (2012). Autómata. El mito de la vida artificial en la literatura y el cine. Bs. As.: Facultad de Filosofia y Letras (UBA).

Shelley, M. W. (2006). Frankenstein o el Prometeo moderno, trad. Ledesma, J.Bs. As.: Coluhue.

Publicado
2020-08-31
Como Citar
Gruber, M. (2020). Heroínas y malvadas: la construcción de la imagen femenina en Penny Dreadfull (2014-2016), de John Logan. Cuadernos Del Centro De Estudios De Diseño Y Comunicación, (91). https://doi.org/10.18682/cdc.vi91.3829

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